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segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Essas lindas orquídeas!






“PINTE bambus quando estiver com raiva; orquídeas quando estiver feliz.” Esse ditado chinês reflete um amor de dois mil anos entre as orquídeas e os horticultores e artistas orientais que as imortalizaram.
É evidente que as orquídeas são flores que despertam paixões. Mas seus encantos especiais só vieram a ser apreciados no Ocidente há pouco tempo. De fato, seu cultivo começou quase por acidente.
No início do século 18, William Cattley, importador de plantas tropicais, notou que se usavam uns caules bulbosos como material de embalagem. Por curiosidade, plantou-os em sua estufa. Menos de um ano depois foi recompensado com uma magnífica flor cor de alfazema. Outros viveiristas europeus logo viram as possibilidades comerciais dessas impressionantes flores.

Em pouco tempo, a caça a esses tesouros tropicais começou para valer. Vasculhavam-se as selvas em busca de orquídeas raras, muitas das quais não sobreviviam à longa viagem marítima até a Europa. As sobreviventes eram vendidas por preços elevados. Em 1906, pagaram-se 1.150 guinéus (uns 100.000 dólares hoje) por um único exemplar num leilão em Londres. Os preços caíram muito com o surgimento de híbridos cultivados artificialmente. Mas, ainda hoje, um colecionador talvez pague 25.000 dólares por um novo híbrido.
O que torna as orquídeas tão especiais? Talvez a infindável variedade de formatos e cores. Ou seria sua beleza sutil? Ou aquela atração exótica tão difícil de definir? Os motivos, quaisquer que sejam, são suficientemente fortes para manter o crescente comércio internacional de orquídeas.
Os horticultores em geral preferem cultivar as espécies mais espetaculares dos trópicos, mas, na maior parte, as orquídeas são flores simples que passam despercebidas. Algumas são tão pequenas que a flor tem apenas 2 milímetros de diâmetro.

Encontram-se orquídeas silvestres em desertos, pântanos e picos de montanha, das úmidas florestas tropicais às áridas imensidões do Ártico. Muitas crescem em árvores, embora algumas escolham até mesmo cactos ou raízes de mangues como hospedeiros. Mas as orquídeas não são parasitas; simplesmente precisam da árvore como apoio para que suas raízes aéreas absorvam a umidade atmosférica.
Além da variedade, as orquídeas caracterizam-se também por seus métodos singulares de propagação. Uma única cápsula de sementes de orquídea — uma maravilha de armazenamento — pode conter até dois milhões de minúsculas sementes, que podem ser levadas por toda parte pelo vento. Diferente da maioria das sementes, elas não têm suprimento nutritivo de reserva, de modo que para uma germinação bem-sucedida dependem de encontrar os fungos que lhes forneçam alguns dos nutrientes necessários.
Para produzir sementes a flor precisa ser polinizada, em geral por um inseto. O que atrai o inseto à flor? O pólen das orquídeas não é alimento para o visitante, e nem todas as espécies têm néctar. Os atrativos favoritos? Beleza, odor e dissimulação.

Atraídos Pela Beleza



Os horticultores trabalham há mais de um século para desenvolver híbridos a partir de espécies silvestres atraentes. Existem agora mais de 75.000 variedades registradas.
A beleza tem seus benefícios práticos para a orquídea silvestre. A atraente flor serve para seduzir os polinizadores. A pétala grande e central, ou labelo — geralmente a mais colorida —, serve de convidativo campo de pouso para hóspedes alados.
Flores de cores vivas atraem abelhas, vespas, borboletas e beija-flores, e as linhas paralelas de muitas pétalas de orquídeas servem de sinalização para indicar ao visitante o caminho do alimento, o néctar, em algumas espécies. Mas a beleza não é tudo no mundo dos insetos.

Odor Irresistível



Insetos de visão global não muito aguçada talvez nem notem a beleza. Um odor inebriante, porém, é irresistível. O odor talvez lembre o da fêmea de um inseto. Diz-se que algumas orquídeas cheiram mais a fêmeas de vespa do que as próprias vespas!
O odor nem sempre é tão sutil. Algumas orquídeas cheiram a matéria em decomposição. Mas esse cheiro também é eficaz. Nenhuma mosca que se preze pode ignorá-lo. E se só o odor não basta, pode-se usar uma eficiente dissimulação para acentuar o engano olfativo.

Hábil Imitação

Quando uma orquídea do gênero Oncidium balança suavemente ao vento, parece-se tanto com um inseto adversário que a furiosa abelha investe contra ela na tentativa de afugentar o “inimigo”. Nisso, sem saber, a abelha coleta grande quantidade de pólen da orquídea.
Por outro lado, as orquídeas-abelhas do gênero Ophrys parecem-se com amigos, não com inimigos. Têm cheiro de abelha e aparência de abelha. Um macho de abelha visita a flor, confundindo-a com uma consorte, e quando o desafortunado pretendente descobre o engano, as polínias (pequenas massas de pólen) já estão grudadas em seu corpo. A próxima orquídea que o engana (uma abelha pode ser enganada duas vezes) é então devidamente polinizada.

Tributo ao Criador

Essa assombrosa variedade e esses complexos mecanismos são testemunho vivo da sabedoria do Criador. O acaso cego ou a mera necessidade certamente não poderiam ser os responsáveis por essas maravilhas.
Jesus Cristo falou de outra lição a ser aprendida dessa beleza das flores: “Observai como crescem as flores dos campos”, disse ele. “Eu vos digo que nem Salomão, em toda a sua glória, jamais se vestiu como uma delas. Se, então, Deus assim reveste a planta . . ., quanto mais a vós?” — Mateus 6:28-30

2 comentários:

Larissa disse...

Lindo, lindo, lindo, Seu blog é maravilhoso, eu fico horas lendo ele o dia todos.

Boa sorte pra você tá?

Beijos

Thiagø disse...

Obrigado Larissa, fico feliz que gosta do blog, vou tentar sempre manter esse nível, organização, amor e paz.

Abraços e boa sorte.